Não se coloca títulos em lembranças.

domingo, 24 de outubro de 2010

E era só uma lembrança. Um tipo de lembrança que você tenta, com todas as forças que existe dentro do seu corpo e da sua alma, esquecer. Mas você não a esquece, só guarda em uma gaveta dentro da sua mente. Mas, sabe, vou pegar a chave que está em cima do armário para abrir a gaveta e contar para vocês uma história. Preparados?
Era um verão como todos os outros. Muito sol. Não gosto de sol, nunca gostei. Não posso admirar o azul do céu sem ter meus olhos queimados pelo amarelo do sol. Prefiro dias de chuvas, com seus lindos tons de cinza e sua melancolia. Mas, esse dia em especial, estava muito bonito. E o céu estava tão azul, que nem o sol me impediu de admirá-lo.

Eu fui comprar um sorvete. Estava muito quente, por favor. Fiquei um tempo parada tentando escolher o que mais me deixaria feliz e satisfeita. Estava tão concentrada nos preços (que estavam absurdamente caros) que não olhei para os lado. Mas eu escolhi e fui pagar. E lá estava ele, no caixa, o verdadeiro protagonista dessa história. Porque eu sou apenas a narradora.

Continua

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